quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Voz

Não sei viver calada. Não sei fingir, virar a cara para o outro lado. Não conheço isso que é o equilíbrio entre o que se quer muito e apenas o que se tem. Quero o tom certo da melodia, a exacta quantidade do que me preenche o coração. Porque eu não ando pelos caminhos a encolher os ombros, porque perdi muito à conta de tentar e entrego-me esse direito. De levantar a voz em minha defesa. Não tenho de viver calada. Não admito que me queiram calar.

3 comentários:

  1. Tenho de passar por esta rua, com tempo para passear, saboreando as palavras com que decoras a montra da vida. O tempo e as palavras têm-me fugido, mas , mesmo em passo largo, é bom ter-te de volta.
    Beijinho, Imaculada.

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  2. Obrigada, tu que trazes sempre o sol contigo! Beijinhos.

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  3. Quem dera fosse verdade, Imaculada. Não é. E, de certa forma, gosto da minha chuva. É ela que me faz olhar a vida, através da janela.
    Quando um dia for crescida, quero escrever como tu. É muito bom ler-te, de volta.
    Beijinho, Margarida.

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