terça-feira, 19 de outubro de 2010

(do Verdade ou Veneno) Uma mesa para jantar

sexta-feira, 20 de Novembro de 2009

A toalha se calhar até tem pregas que eu aliso com a mão enquanto tu olhas através do vidro para a noite imensa. À espera e já não estás à espera. Os nossos olhos irão cruzar-se e baixar-se com o peso de tudo. Aquilo que nós sabemos. E uma tristeza levezinha há-de cair sobre os nossos ombros porque sabemos que não deveríamos estar aqui neste lugar. As pessoas que passarem não saberão que nessa mesa para jantar não estão meses ou dias contados da maneira delas. As pessoas não sabem disto. Nem nós. Não chegues tarde para jantar.

1 comentário:

  1. Este é para mim um dos teus textos mais sublimes e cheio de significado. Tb alisei a toalha de uma mesa, tentando a todo o custo esconder as lágrimas que corriam pela minha cara. Estava à tua espera e tu, à minha frente sem estares presente, sequer. Os nossos olhos não se cruzaram porque tu já não me vias. Uma outra ocupava agora o teu coração e era dona desses lindos olhos, que foram meus. A tristeza era só minha, não tua. As pessoas passavam e viam um casal bonito, que afinal já não o era. Eu estava sózinha naquela mesa e tu, mais valia teres chegado tarde a esse jantar.

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