quinta-feira, 23 de Julho de 2009
Hoje sonhei contigo. Estavas ao meu lado, passei-te o meu menino para o colo, enquanto entrávamos para o interior de um prédio em construção... ou em ruínas, não sei bem. Estavas lá tu e, por isso, estava segura. Quando acordei, as saudades de ti explodiram no meu peito e fizeram do caminho para o emprego uma estrada de desalento. Sinto tanto a tua falta que às vezes parece-me que respiro mais devagarinho, a tua ausência é como uma corda que me tolhe a respiração, como se as forças me fugissem ante a impossibilidade de te ver, de te esperar, de te ouvir. A falta que me fazes pai. Esta saudade infinita, este pânico de me esquecer dos teus braços morenos, do teu cheiro, do sorriso travesso, da forma como o teu cabelo ondula e se espeta no remoinho. Nunca te vou assistir velho. Ajudar-te a sentar numa cadeira, aconchegar-te os cobertores à noite, colocar-te uma joaninha de chocolate à mesa de cabeceira como tantas e tantas vezes me fizeste. Respiro agora mais devagar. Parte da minha vida foi contigo. A criança que eu era está aí- não sei onde - de mão dada na tua. Por que é não ficaste só mais um bocadinho?
Agora sei ke nunca mais vou ser feliz. Porke tu não estás. Porke me fazes falta. kero chorar e nada acontece, olhar para o teu corpo sem vida levou as minhas últimas lágrimas. Estou vazia. Tão vazia. À minha volta um mar de gente, mas tu não estás. Nunca mais estarás. E como dói. Agora sei ke nunca mais vou ser feliz. Tão certo como o último beijo por entre soluços que te dei, pai. Pai,não me eskeças. Volta nos meus sonhos para que eu mate as saudades que me matam. Para que eu te abrace os abraços que para ti tenho guardados. Não me eskeças, pai. Não me eskeças...
ResponderEliminarVais. Ele não te perdoaria se não o fosses! Eu sei que vais. Eu sei.
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