segunda-feira, 3 de setembro de 2012

34

Amanhã, quando acordar, deixei de ter 33. Não existe nada realmente marcado. Entro nos 34 a deslizar, devagar, pé ante pé, como quem espreita ou se convence. Com fé. Crescida. Olhando para trás, poderia desfiar um rosário de recordações. Ano duro. Ano necessário. Ano de amizades que chegaram à minha vida quando eu não sabia que as amizades ainda se faziam assim. Um ano tem tantos dias, momentos, chuva e sol frio e soluços gargalhadas grandes. Mas um ano é aquilo que somos, na mesa, com bolo e sem bolo, com gente e sem gente. E eu tenho gente boa daquela mesmo boa em todo o lado. Ainda hoje ligavam. Diziam: "então como é que é". Até o meu amor tem algo para me oferecer. Mas é como digo, é pé ante pé, a deslizar, a falar comigo em frente ao espelho, a dizer: não voltes a repetir, a esperar melhor de mim para os outros. Tenho esperança nestes 34 como tenho esperança na vida inteira. Um dia chego lá. Pode ser amanhã. Pode ser este ano. Crescida. Melhor. Em Paz. Podia ser tudo diferente, mas eu sei por que é que tem de ser assim. Vamos lá.

4 comentários:

  1. estes são dias de olhar para o que se foi e para o que se será. são dias de olhar o caminho que se fez e aquele que se quer (continuar a) percorrer ou não. parabéns. pelas palavras e pelos 34 :)

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  2. É isso mesmo Helena. Muito, muito obrigada :)

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  3. parabéns!
    mais uma virginiana ... eu, dia 13, abandono os inta para entrar nos enta e não deixa de ser estranho porque ainda me sinto tão miúda ...

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    1. Obrigada :) eu acho que temos sempre a idade que queremos ter!!! Um beijo

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