Tu vieste para baralhar tudo. Sou do Verão, de mais nenhum outro tempo. E é sempre na luz que tudo se apaga. Deveria prestar mais atenção aos sinais. Talvez esteja a perceber tudo ao contrário. Tu vieste com a chuva e com o frio. Em dias cinzentos fizeste-me correr debaixo de aguaceiros. A nossa memória tem um casaco preto com fechos, meias compridas, vestidos quentes. Frio. Chegaste depois da praia, nunca viste as minhas pernas morenas. Nunca estiveste no dourado. A chuva que chega agora somos nós. Em todo o lado.
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