segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Não sabemos

Sabemos que nos perdemos quando não sabemos as insignificâncias. De que é que te ris tu? Desconhecemos a hora a que se deitou, que aquela marca no dedo foi uma queimadela no forno, que se perdeu o início da série por causa da lasanha que estava a queimar e já não havia espaço no gravador. Não tomámos café pela manhã quando se estreou a t-shirt nova e lavámos os cabelos muitas vezes até que nos pudéssemos olhar de novo. De que é que te ris tu? Apercebemo-nos de tudo o que nos falta essas coisas menores como terem cortado as árvores na rua eu já não usar unhas compridas, os calções verdes do menino agora estarem curtos. E é como se de repente tivéssemos batido com o coração numa esquina. Olharmos o tempo que passa e nada se sabe, tudo se consome nos dias em que nos existimos longe. De que é que te ris tu? Quando deixamos de saber qual era a piada. Não estávamos lá. As coisas realmente importantes são estas. Porque a vida é mais do que os acontecimentos grandes e audíveis. Viver são as coisas pequeninas, sabias?

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