O homem quase que me agarrava no sonho e, quando acordei, acabou por me agarrar. Em cima da hora, acordo todos os dias em cima da hora e às vezes com os sonhos agarrados ao coração. Pesam tanto. Disse-lhe: "Tive um pesadelo". "E apanhou-te?" "Não, não me apanhou". Só depois. Apanhou-me no melhor de mim. Olhei para a chávena de café e para a mesa e para as folhas e pensei e pensei e voltei a pensar e antes da raiva e antes da tristeza e da desilusão antes de tudo isto, eu vi. O rosto do homem que não me apanhou no sonho. Eras tu.
Que horror.
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