E então os dias ainda são trémulos. Sabes e não sabes. Que tudo passa mas remóis. As palavras ainda não se cruzaram com o resto. Só existem. E, para além delas, podes teimar e temias que tudo ainda é futuro. Entretanto a guerra instalou-se queres mas não queres. A esperança. É maior que tudo a verdade. Má. Esta verdade. Doentes, as horas. Se fechares os olhos nada foi dito, mas tudo já foi dito. Contas a alguém mas é como se ao contares fosses desleal ou ainda não acreditasses. Porque estes dias são outra coisa que tu só sabes sentir. Quando tudo o que desejas é o contrário.
- "Pede-me um copo de água" - talvez digas, e a tua voz já é toda outra voz. Quem amaste? Quem amas tu? Até quando dobras as camisolas tens mãos de pesadelo.
Ouve o que te digo eu que não sei nada a não ser os estilhaços, eu que acredito enquanto durar o acreditar. Ouve o que te digo. Ainda é cedo. Continua a caminhar.
Quando escurece sentimos que já é tarde... ás vezes ainda é cedo, é verdade. A cadência dos dias não é sempre a mesma. A da vida também não. Preciso acreditar que é cedo. Preciso acreditar que nunca será tarde.
ResponderEliminarObrigada, do fundo do meu coração.
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Ainda é cedo... ainda é cedo. Crê.
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