A senhora olhava para mim e via uma criança não percebe e eu não lhe posso explicar. Como dizer-lhe que a paixão é violenta mas que o contrário pode violentar? Então eu, assim grande na pequenez com que ela me define, sorri.
Eu não quero ter uma quinta, sabe? Não quero ter um cabelo como o seu, sabe?
Podia dizer-lhe que pretendo ser livre dentro de mim. Não disse, porque ela não ia entender.
E contou outra vez a história e apontou os papéis arrumadinhos e falou das coisas que não podemos ter sem rastejar. E falou de arrependimento. E de outras coisas como se eu as não soubesse, as não tivesse visto já.
Senhora, eu já paguei esse preço. A escolher um dono, que seja a fome, não a coleira.
Sem comentários:
Enviar um comentário