sábado, 16 de junho de 2012
Paz torta
Quando tu não estás eu faço coisas estúpidas. Tenho de as fazer. É a forma que tenho de me revoltar. Apago cigarros em chávenas não rego as plantas e acendo o candeeiro muito tarde. Quando tu não estás. Tenho conversas longas que me parecem certas e combino coisas para segunda quarta e quinta, sabendo que no domingo na terça e na própria quinta vou desmarcar. Porque mesmo quando tu não estás, estás sempre.
Quanto tu estás como as batatas fritas e elas não me sabem a nada. Tudo o que tenho a dizer não cabe nesse espaço. Quando tu estás eu faço coisas estúpidas. Como não reparar nos sinais de trânsito. Portar-me mal de propósito. É a minha forma de me revoltar. E estou sempre bem, o que é surpreendente. Mais ainda descobrir que afinal não. Mas isto é quando gritamos pela Irlanda ou me cortas o cabelo à Cleópatra durante os sonhos. Vai tudo mal no meu subconsciente. Entretanto, passa-me aí o isqueiro. Obrigada.
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