No mês de todos os medos choveu sempre. Em mim, a tempestade. À noite, as canções de embalar eram como riscos num vidro perfeito. Queria ter muitas palavras e não tinha muitas palavras. Li tanto e baralhei o destino. No mês de todos os medos. A comida esteve sempre salgada ou falhei a salsa. Choveu sempre, mesmo quando parecia que ia fazer sol. Atravessei a chuva e a cidade. Não sei como fiquei.
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