terça-feira, 29 de novembro de 2011

Portas e janelas

Então deixas assim recados depois de uma noite cheia de sonhos. Ele fala de uma chave. E está triste. Tenho por companhia os mortos que me visitam. Quando é que voltas para casa? Percorres noites infindas de músicas e há abutres a rondar, parece que adivinham ou então sabem das coisas. As que eu não sei. Quando é que voltas para casa? Imagino essas rondas diurnas e nocturnas, custa-te o mesmo e não te custa nada. Tem a ver com bandeiras e com sentimentos. Tem a ver com estradas e buracos de obras nas bermas. Cais ou não cais. Caímos. Estamos deitados ou ainda a caminhar. Quando é que voltas para casa? E apressas o passo, por que é que é preciso correr tão depressa se já sabemos para onde ir? Vai devagar, a certeza não é uma flecha julgo que seja um violino. Doce. Não me digas que é amarga a decisão. Quando é que voltas para casa? Ainda assim não percebo o porquê de tanta raiva na ponta das pestanas, a escorrer para dentro dos olhos. Não precisas de nenhuma desculpa (sabias?), ninguém tem de justificar um passo. Quando é que voltas para casa?

Sem comentários:

Enviar um comentário