sábado, 4 de outubro de 2014

Abraço-os

Hoje a lua está cortada ao meio e eu meia volta dei. Soube tão bem, sonhar. Era tão bom, acreditar. Aqui neste canto neste lado da rua existem fantasmas e eu gosto de dançar. Então danço. A noite é muito longa, como já te disse, e eu tenho muitos demónios também. Este veneno que herdei e que alimento. É uma defesa, tu sabes. Enquanto não vens tu de ti outro de ti alguém assim que me olhe para lá das confusões e dos medos eu beberei a vida como um copo de shot. Então, meio anestesiada, acordarei a saber que o céu ainda não é profundamente azul e que os meus caminhos serão sempre duros. Abraço-os, como sempre. E afago os demónios que me rosnam aos pés. Hei-de amansá-los e um dia seremos os melhores amigos.

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