quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Amor chega

Ele nunca foi a uma reunião da escola, não fazia a mínima da matéria que eu estava a estudar, se havia teste, se estava em risco de chumbar, se eu era a melhor ou a pior da turma. Não sabia o rapaz de quem eu gostava ou a roupa que eu gostava de comprar o meu filme preferido a minha banda de eleição. Às vezes eu tinha de tomar conta dele, outras não sabia dele, foram mais as vezes que me pediu desculpa do que eu a ele. Aos olhos dos outros, o meu pai fez tudo mal. Mas, sabem, estão enganados. Ele fez o principal bem: amou-me sem comparação, embalou-me, aconchegou-me, abraçou-me. O meu pai salvou-me a infância. Tens razão P., o amor chega.

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